Papa Francisco possui uma linda frase que diz:
“Para mudar o mundo é preciso fazer bem a quem não tem possibilidade de retribuir.”
Se o Gotas nos seus dois anos pudesse falar acredito que essas seriam suas palavras:
Obrigado, meu amigo.
Obrigado a você que acreditou. Acreditou que em algum momento era de mim que vocês precisavam e que eu precisava nascer para trazer a sua alegria.
Obrigada a você que lutou. Lutou contra um mundo onde a palavra SOLIDARIEDADE e CARIDADE constam lá no final do dicionário que não obedece nem a ordem alfabética.
Obrigado a você que pediu. Pediu ao vizinho, a família, ao colega de trabalho. Saiu pedindo oração, alimento, amor, doação, presença e principalmente, RESPEITO para quem mais precisa e não tem.
Obrigado a você que apareceu. Apareceu com seu carro para dirigir pelas rotas; com suas facas para cortar os legumes; com a sua vida para cativar a todos.
Obrigado a você que emprestou. Emprestou seus ouvidos, seu sorriso, sua solidariedade e amizade para dar mais cor a vida de pessoas que são literalmente invisíveis aos olhos do mundo. Por mostrarem que eles existem e são importantes.
Por dizerem que não é somente um prato de comida. Não é simplesmente uma quarta feira. É uma experiência de missão, de doação e entrega. É enxergar a essência, o que tem dentro. É perceber a história de vida, o carinho e a esperança que existe dentro de um corpo que vaga por aí como tantos outros.
Ver que o cara dormindo na rua, ao relento, merece mais do que seus pensamentos bons. Nele existem sonhos, uma vida que precisa ser compartilhada. Que precisa sentir que existe.
Obrigado a você que entendeu que fazer o bem vai muito mais além de fazer o possível.
Obrigado a você que faz o impossível.
Que quando só tinha um carro e duas pessoas acreditou que Deus providenciaria.
Que quando o alimento não chegou acreditou que Deus multiplicaria.
Que quando não havia lugar para a missão acreditou que Deus designaria.
Que quando faltou atenção acreditou que a Misericórdia não falharia.
Que quando se viu sem chão acreditou que eu ajudaria.
Eu, Gotas de Misericórdia.
Porque depois de mim ninguém foi mais o mesmo. Depois de mim a Igreja não foi mais a mesma. Depois desses dois anos nem eu sou mais eu.
Pois é… Olhem ao redor… Vejam vocês… Se observem…
Gotas?
Não mais…
Somos um ‘Oceano de Misericórdia. ’
Mariana Cassiano
Coordenação Gotas de Misericórdia